domingo, 27 de junho de 2010

A BEAUTIFUL MIND

INTRODUÇÃO


     Indicado a 8 prêmios da Academia, "A beautiful Mind" conquistou 4 Oscar, quais sejam: Melhor Diretor (Ron Howard), Melhor Atriz coadjuvante (Jennifer Connely), Melhor Roteiro (Akiva Goldsman) e Melhor Filme (Brian Grazer e Ron Howard).
     Estrelado por Russel Crowe, esse filme de 2001 baseia-se na obra homônima escrita por Sylvia Nasar, uma economista e escritora alemã que se tornou mundialmente famosa por ter escrito a biografia do fantástico matemático John Forbes Nash.
     Seu livro inspirou o diretor Ron Howard a levar às telas a história desse homem que desafiou a compreensão da comunidade científica mundial ao ser ao mesmo tempo um gênio reconhecido e um doente mental. Ele encarou o desafio de se graduar em matemática sendo portador de uma doença incapacitante: a Esquizofrenia.
     Trata-se de uma obra muito bem ilustrativa sobre essa patologia.
     Um clássico.




THE PRODIGAL ROOMMATE ARRIVES.


     Essa sentença anuncia a chegada de um personagem essencial à trama, chamado Charles Helman que, como será percebido ao longo do filme, é uma alucinação de John Nash.


     "Do you know that having a hangover is not having enough water in your body to run your Krebs cycles?". 
     Charles se apresenta a John através dessa sentença, o que reforça o fato de que o conteúdo das alucinações costuma ser proporcional ao nível intelectual do paciente. Perceba que Charles já sabe o nome de John e conversa com ele com uma intimidade e familiaridade tamanha que deixa a entender que já o conhece.
     Contrariando a epidemiologia das alucinações mais comuns na esquizofrenia (as auditivas) o filme traz alucinações visuais como uma melhor maneira de representá-las utilizando a sétima arte.
     Nota-se durante o filme que Charles não é real, pois ele nunca interage com John quando esse está conversando com os colegas de Princeton ou, quando notamos que ele se mantém distante de Nash no bar, deixando-o jogar sinuca sozinho, situação na qual um colega faz a pertinente pergunta: "Who's winning, John? You or you?".
     Perceba, também, que Charles só atravessa a porta do bar quando alguém abre a porta, pois não seria coerente que uma alucinação assim o fizesse.
     Charles evidencia o lado brilhante de John e por várias vezes cuida dele, como na cena da biblioteca em que chega a perguntar a quanto tempo Nash não se alimenta. Ele também o apoia quando de suas conquistas intelectuais, ao contrário de vozes difamatórias presentes na Esquizofrenia do tipo Paranóide (F20.0).
     Posteriormente, Charles apresenta a John sua sobrinha de 5 anos, Marcee, a qual terá papel fundamental no desenrolar da trama.




DEFINIÇÕES:


Sensopercepção: Instância psíquica através da qual apreendemos o mundo externo, utilizando-nos de diversas variedades de estímulos,podendo esses ser visuais, táteis, auditivos, olfatórios ou gustativos. Quando alterada, pode-se ter ilusões ou alucinações.
Ilusões: Alterações da sensopercepção em que, a partir de um estímulo real, forma-se uma "imagem" distorcida, podendo ocorrer com estímulos sonoros, visuais, gustativos, táteis ou olfatórios. Um exemplo de ilusão é fácil de descrever quando um indivíduo, sob o uso de drogas, interpreta um monstro onde, na verdade só há um cabide.

Alucinações: São "imagens" formadas na ausência de quaisquer estímulos reais. Presentes caracteristicamente em quadros psicóticos, as alucinações podem ser auditivas (ouvir vozes), visuais (ver coisas ou pessoas que não existem), olfatórias (sentir cheiros sem o estímulo químico correspondente), gustativas (sentir o gosto de alimentos que se não ingeriu) ou táteis (sentir em si a presença de animais, objetos, etc.)
Pensamento: Instância psíquica segundo a qual interpretamos os estímulos percebidos pela Sensopercepção e construímos um juízo de realidade adequado à nossa história de vida e experiência passada.
Delírios: São alterações do pensamento que resultam, portanto, em juízos alterados da realidade. Podem ser de vários tipos, por exemplo: de ciúmes, de grandeza, persecutório, de ruína, erótico, somático, etc, de acordo com o conteúdo principal expresso no delírio.
Delírio de Referência: Muito comuns na esquizofrenia, definem-se por ideias errôneas em que o paciente se vê no alvo de críticas e comentários das outras pessoas (caráter persecutório).
Delírio de Influência: Ideia errônea segundo a qual o paciente refere que outras pessoas ou entidades têm a capacidade de controlar suas ações e pensamentos.
Roubo do pensamento: Fenômeno em que o paciente crê que seus pensamentos são passíveis de serem roubados por outras pessoas.
Sonorização do pensamento: Fenômeno segundo o qual o paciente alega que seus pensamentos são audíveis por si mesmos ou por outras pessoas.
Inserção do pensamento: Fenômeno que consiste na crença, por parte do paciente, de que outras pessoas têm a capacidade de inserir ideias aos seus pensamentos, alterando-os.
Eco do pensamento: O paciente ouve seus próprios pensamentos momentos após tê-los pensado, na forma de eco. 







"John's always been a little weird"



     É notável que uma parcela importante de pacientes que desenvolvem esquizofrenia já demonstram uma personalidade pré-mórbida na infância e na adolescência, sendo significativamente desadaptados socialmente e não apresentando necessidade de interação social.
     No filme esse fato torna-se evidente em vários momentos, como por exemplo, no início do filme, quando notamos que Nash se mostra isolado, alheio ao que acontece ao seu redor, permanecendo calado a maior parte do tempo. Quando acompanhado, se envolve pouco na conversa, mesmo tendo tiradas muito inteligentes e sagazes. Ele permanece grande parte do tempo de cabeça baixa, exibe gestos estranhos e uma postura desconfiada (paranoide).
     Essas caracterísicas são notadas também quando John conversa com Charles e este diz que o protagonista se dava melhor com integrais do que com pessoas. Cita também que na escola uma professora uma vez lhe disse que ele havia nascido com duas vezes mais cérebro e com metade de um coração, o que evidencia a relativa facilidade em se perceber a dificuldade de um paciente pré-esquizofrênico, por assim dizer, em interagir socialmente. Nash finaliza com a seguinte frase: The truth is that I don't like people much. And they don't much like me. Nessa única situação percebemos o embotamento afetivo óbvio de John (I don't like people much) e a sua percepção delirante persecutória (And they don't much like me), em acreditar que as pessoas não gostam dele.
     Posteriormente Nash deixa evidente a sua dificuldade afetiva quando tenta contato com uma moça em um bar. Incentivado pelos amigos, pois de iniciativa própria ele provavelmente não iniciaria o contato, ele demonstra pouca habilidade em encontros amorosos ao ponto de a moça sugerir que ele deveria oferecer-lhe uma bebida. Nash então sugere que os dois tenham relações sexuais, pois essa era a finalidade desse contato e que uma relação sexual não seria mais que uma mera troca de fluidos orgânicos. Do alto de sua inteligência e coerência, ele estava certo, mas ao mesmo tempo mostrava-se completamente inadequado às exigências sociais. Nessa passagem estão presentes o embotamento afetivo, a pobreza do discurso e a desadaptação social do paciente.




" -What's wrong with him?
  -John has Schizophrenia."


     O diagnóstico de Esquizofrenia sofreu grande evolução histórica desde a sua descrição séculos antes de Cristo até os dias atuais. Morel descreveu, em 1856, um paciente jovem, brilhante que se tornou progressivamente apático e retraído e utilizou, pela primeira vez o termo Démence Précoce. Ao longo das décadas, vários outros profissionais descreveram quadros semelhantes (pertencentes ao espectro da Esquizofrenia, ou seja, as psicoses), como a hebefrenia, a catatonia e a dementia simplex.
     Kraepelin, em 1896, reuniu os quadros de hebefrenia, catatonia e dementia paranoides (esta descrita pelo próprio) sob a designação de Dementia Praecox, inspirado em Morel. Contudo, a designação demência precoce se mostrou inadequada com o tempo por não se fazer verdadeira a presença de demência (deterioração progressiva e irreversível das funções cognitivas) nem ser a esquizofrenia uma doença de início invariavelmente nas duas primeiras décadas de vida.
     Eugen Bleuler sugeriu, em 1908, a substituição do termo Dementia praecox pelo termo Schizophrenia (do grego, schizo=cindido e phrén=mente) que é utilizado e se faz adequado até hoje. Descreveu, também, características essenciais da esquizofrenia (distúrbios da associação do pensamento, distúrbios da afetividade, ambivalência afetiva e da vontade e autismo) e características acessórias, estas podendo estar presentes em outros transtornos (delírios, sintomas catatônicos, alterações da memória e da atenção).
     Mais recentemente, Kurt Schneider estabeleceu uma hierarquia de sintomas para a definição do diagnóstico de Esquizofrenia. Segundo Schneider, os sintomas de primeira ordem seriam muito sugestivos da doença, embora sua presença não fosse necessária para a realização do diagnóstico; e os sintomas de segunda ordem indicariam mais fracamente a presença da doença.


Sintomas de primeira ordem
  • Percepção delirante
  • Alucinações auditivas na forma de vozes que comentam a ação
  • Alucinações auditivas na forma de vozes que dialogam entre si
  • Sonorização do pensamento (Gedankenlautwerden)
  • Vivências de influência corporal
  • Vivências de influência sobre o pensamento
  • Difusão do pensamento
Sintomas de segunda ordem
  • Tudo aquilo que é feito ou influenciado por outrem no campo dos sentimentos, dos impulsos e da vontade
  • Outros distúrbios sensoperceptivos
  • Intuição delirante
  • Perplexidade
  • Disposições de ânimo depressivas ou maníacas
  • Vivência de empobrecimento afetivo
  • Outros sintomas
    A Classificação Internacional de Doenças, em sua décima edição (CID 10) também classifica os sintomas em mais sugestivos de Esquizofrenia (aqueles situados de a a d) e em menos provavelmente associados à doença:

Sintomas característicos da Esquizofrenia (CID 10)
(a) Fenômenos de alteração do pensamento (eco, roubo, inserção ou irradiação);
(b) Delírios de controle, influência ou passividade referidos ao própvrio corpo ou a movimentos dos membros, percepção delirante;
(c) Alucinações referidas como vozes que comentam os comportamentos do paciente ou discutem sobre esse entre si, ou vozes que vêm de alguma parte do corpo do indivíduo;
(d) Delírios persistentes de outros tipos que são culturalmente impróprios ou completamente impossíveis, como de identidade política ou religiosa, ou de poderes ou habilidades supra-humanos (p.ex.: ser capaz de controlar o tempo, ou ter comunicações com seres extraterrenos ou de mudar o destino de nações inteiras);
(e) Alucinações persistentes de qualquer modalidade, quando acompanhadas por delírios sem conteúdo afetivo claro, ou por ideias prevalentes persistentes;
(f) Interrupções ou interpolações de curso do pensamento, resultando em discurso incoerente ou irrelevante, ou neologismos;
(g) Comportamento catatônico com excitação, flexibilidade cérea, negativismo, mutismo ou estupor;
(h) Sintomas negativos, como apatia, pobreza de discurso, respostas emocionais embotadas ou incongruentes, em geral resultando em retraimento social ou queda do desempenho social; deve estar claro que esses sintomas não se devem à depressão ou a medicação antipsicótica;
(i) Uma modificação significativa e consistente na qualidade de alguns aspectos do comportamento pessoal, como perda de interesse, falta de metas, retraimento social e inatividade.

     O diagnóstico de Esquizofrenia é dado quando o paciente apresenta pelo menos um dos sintomas referidos nos itens a a d ou pelo menos dois daqueles referidos de e a h por um período de tempo superior a um mêsÉ preciso, também, excluir causas orgânicas que possam estar causando os sintomas, como intoxicação ou abstinência de substâncias, distúrbios endócrinos ou doenças crônicas. O diagnóstico de Esquizofrenia (F20) não pode ser dado quando os sintomas se instalam na mesma época de alterações no estado de humor (depressão ou euforia), situação na qual o diagnóstico de Transtorno Esquizoafetivo (F25) é mais adequado.



SUBTIPOS DE ESQUIZOFRENIA
Paranóide (F20.0)
Forma mais comum da doença, caracterizada pela predominância clara de:

  • Delírios persecutórios (como no filme ficou evidente, quando Nash se sente ameaçado por Willian Parcher, o espião que supostamente lhe delegou a função de decifrar códigos para o serviço secreto americano e, em menor escala, quando se sente ameaçado por seus colegas de Faculdade).
  • Postura desconfiada (notada quando Nash passou a desconfiar da esposa ao perceber que ela acreditou no discurso do psiquiatra e antes, por vários momentos em que ele se manteve distante e temeroso da opinião dos outros sobre si)
Hebefrênica (F20.1)
  • Alteração principalmente da afetividade (desenvolvimento rudimentar)
  • Delírios e alucinações fragmentados
  • Comportamento bizarro ou pueril (infantilizado, regredido)
  • Maneirismos
  • Rápido desenvolvimento de sintomas negativos (perda da vontade e embotamento afetivo)
  • Pior prognóstico dentre os subtipos
Catatônica (F20.2)
  • Transtornos predominantemente da psicomotricidade
  • Alternam-se períodos de agitação com períodos de estupor, mutismo, negativismo, rigidez, obediência automática e flexibilidade cérea
  • Automatismos e perseveração de palavras ou frases
  • Posturas bizarras ou inapropriadas
  • Geralmente o paciente não mantém contato
Indiferenciada (F20.3)
  • Fecha critérios para esquizofrenia, mas não se enquadra em nenhuma das categorias definidas (paranóide, catatônica ou hebefrênica) ou apresentam sintomas de mais de um subtipo, sem predominância de nenhum
  • Não preenche critérios para esquizofrenia residual ou depressão pós-esquizofrênica
Depressão pós-esquizofrênica (F20.4)
  • Episódio depressivo relacionado ao final de um surto esquizofrênico
  • Deve ter havido um surto esquizofrênico nos últimos 12 meses
  • Alguns sintomas esquizofrênicos ainda se fazem presentes
  • São preenchidos critérios para Episódio Depressivo (F32), com duração superior a 2 semanas
Residual (F20.5)
  • Predomínio de sintomas negativos: lentificação psicomotora; hipoatividade; embotamento afetivo; perda da iniciativa; pobreza da quantidade ou do conteúdo do discurso; pouca comunicação não-verbal pela expressão facial, contato visual, modulação de voz e postura; desempenho social e cuidado de si pobres;
  • Pelo menos um surto anterior com as características de esquizofrenia
  • Período de pelo menos um ano após o desaparecimento dos sintomas positivos (delírios e alucinações) em que os sintomas negativos estiveram presentes
  • Ausência de demência ou outro transtorno mental orgânico e de depressão crônica ou institucionalização suficientes para explicar os "sintomas negativos"
Simples (F20.6)
  • Pouco comum
  • Excentricidade de conduta
  • Inabilidade para cumprir demandas da sociedade
  • Declínio de performance
  • Predomínio de sintomas negativos
Outra esquizofrenia (F20.8)
  • Transtornos de pouca aceitação na literatura, como a esquizofrenia cenestopática
Não especificada (F20.9)
  • Não é possível classificar o paciente em nenhuma das demais categorias descritas


Quadro Clínico


     O diagnóstico de John Nash é dado quando ele já atua como professor da Universidade de Princeton e ocorre durante uma aula, quando o professor renomado descompensa e se deixa dominar por seus delírios.
     Durante a graduação é possível perceber as ideias bizarras que habitavam a mente do protagonista, como a sua tentativa desesperada em encontrar uma ideia original, em que ele afirma:
"I'm hoping to extract an algorithm to define their movement"
     Nessa passagem, fica evidente a formação de ideias bizarras e um pensamento desorganizado. É muito comum pacientes esquizofrênicos se entreterem por períodos prolongados em atividades inúteis aos olhos da sociedade, mas incrivelmente importantes aos seus olhos (percepção delirante).
"Memorizing the weaker assumptions of lesser mortals"
"Classes will dull your mind. Destroy the potential for authentic creativity"
     Da mesma forma, aqui há a percepção delirante em que o indivíduo crê que possui uma mente superior ou de que dele depende o destino de grandes empresas, nações, etc.
"I like to think it's because I'm a lone wolf. But mainly it's because people don't like me"
     Misto de embotamento afetivo (I'm a lone wolf) com delírios persecutórios (people don't like me).
"The Isotope Chip"
     Vivência de influência corporal, em que se tem a percepção de que pessoas ou entidades têm o poder de controlar suas ações e/ou pensamentos.
"He's been injected with a cloaking serum. I can see him because of a chemical that was released into my bloodstream when my implant dissolved."
     Por meio dessa sentença, Nash justifica o fato de sua esposa ser incapaz de ver Charles. Note o nível de elaboração do delírio de John, bem compatível com a seu nível intelectual.
"I need to look through the governing dynamics. Find a truly original idea. That's the only way I'll ever distinguish myself."
     Da mesma forma que o pensamento de John pode ser delirante, ele mostra bastante coerência em manter seu objetivo de elaborar uma teoria de importância mundial e ao perseverar na sua busca.
"What distinguishes you is that you are, quite simply, the best natural code-breaker I have ever seen"
     Aqui começa o clímax do filme. O delírio mais bem elaborado de Nash e o que vai levá-lo a descompensar completamente de seu quadro psicótico crônico. Trata-se da chegada de um novo personagem, Willian Parcher, um suposto agente norteamericano que propõe a John que ele decifre mensagens soviéticas codificadas em jornais e revistas e entregue os resultados em um local secreto, para evitar que a ex-URSS detonasse uma bomba em solo americano. O agente então implanta no braço de Nash um isótopo para garantir a ele o acesso a locais secretos (o chip). Com Willian Parcher, John vive o clímax de seu delírio persecutório, pois se sente pressionado pelo agente secreto a decifrar cada vez mais códigos, o que o leva à completa desorganização de sua vida acadêmica e pessoal, sob a pena de ser morto pelos agentes russos.
     Percebe-se aqui a coerência do delírio de John, pois em época de Guerra Fria, a situação hipotética em que o matemático renomado estava envolvido era perfeitamente factível. Essa foi a grande genialidade da trama e a responsável pela confusão entre os expectadores durante o desenrolar do filme.
         


ABORDAGEM PSIQUIÁTRICA


"Who are you talking to? Tell me who you see. There's no one there, John. There's no one there."


"-Charles isn't immaginary?
 -Have you ever met Charles? Has he ever come to dinner? Was he at your wedding?Have you ever seen a picture of him, talked to him on the telephone?
 -You're making him sound crazy.
 -Now the only way I can help him is to show him the difference between what's real and what is in his mind."
     O psiquiatra foi bem claro em sua abordagem e se fez compreender sem maiores dificuldades. A esposa de John passou então a ter contato com a condição delirante do marido e compreendeu a gravidade da situação.
     Da abordagem psiquiátrica resta apenas ressaltar o fato de que, apesar de contenção física se fazer extremamente necessária, pelo risco de agressão física por parte do paciente agitado, é preciso lembrar que sempre se deve respeitar a integridade física e moral do paciente, preservando a sua dignidade.




Discurso de recebimento do Prêmio Nobel 1994/95


"I've always believed in numbers. In the equations and logics that lead to reason. But after a lifetime of such pursuits I ask what truly is logic.Who decides reason? My quest has taken me through the physical, the metaphysical, the delusional and back. And I have made the most important discovery of my career. The most important discover of my life. It is only in the mysterious equations of love that any logical reasons can be found. I'm only here tonight because of you. You are the reason I am. You are all my reasons. Thank you."

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